Um Fardo Emocional que sufoca
A angústia e a tristeza, quando entrelaçadas, formam um abraço apertado na alma, manifestando-se através de uma série de sintomas que afetam tanto o corpo quanto a mente. A angústia, caracterizada por uma profunda sensação de mal-estar, dor emocional, aperto no peito e insegurança, é um dos principais sinais dessa dupla aflitiva. A tristeza profunda, a perda da paz interior, a culpa, o medo e o desespero se unem à angústia, gerando um turbilhão de emoções negativas.
No corpo, a angústia e a tristeza podem se manifestar como falta de ar, tontura, pressão no peito, aceleração dos batimentos cardíacos, aperto na garganta, dores de cabeça e problemas digestivos. A mente, por sua vez, é invadida por pensamentos negativos, preocupações excessivas, ruminações sobre o passado e incertezas sobre o futuro. A inquietação, a insônia e a dificuldade de concentração também são sintomas comuns, tornando o descanso e a recuperação ainda mais difíceis.
Desatando o Nó da Angústia e Tristeza.
A Tristeza.
A tristeza, é uma reação natural à perda e à frustração. Como Ferenezi, defendo que a tristeza deve ser vivenciada e elaborada, em vez de ser suprimida ou negada, acompanhando o paciente em seu processo de luto, oferecendo apoio e compreensão, permitindo que a tristeza siga seu curso natural.
Para Ferenczi, a angústia é um sinal de perigo interno, muitas vezes enraizado em traumas e experiências dolorosas do passado. Ele a via como uma manifestação do inconsciente, um pedido de socorro da psique que precisa ser ouvido e compreendido.
A Angústia.
A angústia, não é apenas um sintoma a ser eliminado, mas um sinal importante que indica a presença de um conflito interno não resolvido. Ela aponta para a necessidade de revisitar o passado, elaborar os traumas e encontrar novas formas de lidar com as emoções.
Trilhando o Caminho da Leveza e do Bem-Estar
Na Psicanálise, a angústia e a tristeza são vistas como experiências emocionais profundas e significativas, merecedoras de atenção e cuidado no processo terapêutico, iluminado por essa teoria, eu, enfatizo a importância da empatia, da sensibilidade e do envolvimento emocional do analista no tratamento dessas emoções, criando um ambiente seguro e acolhedor, onde o paciente se sinta livre para expressar sua angústia sem medo de julgamento ou rejeição.
Psicanalista Ádamo Roberto